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Cibersegurança: conheça as principais tendências para 2021

Cibersegurança é o tema da vez! Segundo pesquisa da PwC, para 57% das empresas, os investimentos em segurança digital devem aumentar em 2021, em comparação com o ano passado. Além disso, metade das companhias quer incluir a segurança cibernética e a privacidade em todas as decisões de negócios.

Pensar em segurança é uma tendência forte e vem crescendo ao longo dos últimos cinco anos, mas ganhou força total em 2020, quando vivenciamos uma forte onda de ataques cibernéticos. 

Os motivos para isso são muitos: desde a ampliação da rede 5G; saída dos colaboradores do ambiente cibernético controlado pela empresa, por conta do trabalho remoto; expansão da telemedicina; até a criação de novos meios de pagamento, como o PIX.

A cibersegurança é uma das principais tendências de tecnologia e vídeos online para 2021 e neste texto vamos falar um pouco mais sobre o assunto. Se você quiser ficar por dentro de outras novidades para este ano, confira o material que preparamos.

Tendencias em tecnologia e videos online para 2021

7 tendências de cibersegurança para 2021

Privacidade de dados

Impulsionado pela União Europeia e a GDPR (General Data Protection Regulation), em 2020 entrou em vigor no Brasil a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que regula a captação e uso de dados pessoais. O risco de multas e de outras penalidades contribuíram para que as empresas desenvolvessem iniciativas visando a transparência e segurança dessas informações.

Basicamente a lei prevê que as empresas captem somente os dados necessários para realizar a transação; que esses dados sejam armazenados em locais seguros e que existam protocolos para a minimização de danos, caso ocorra algum ataque ou violação de segurança.

Além da LGPD, outro ponto que vem ganhando força é o Transport Layer Security (TLS), novo certificado que facilita a segurança e proteção de dados na internet. Ele substitui o já famoso SSL, porém com algumas melhorias.

A principal diferença entre os dois é que o SSL criptografa somente conexões explícitas entre servidor e usuário, enquanto o TLS também fornece segurança entre conexões implícitas e pode ser feito para criptografar mensagens de e-mail, Voip e outros meios de comunicação

Ataques de ransomware

Os ataques de ransomware são uma das principais ameaças ao mundo digital. Isso é o que aponta tanto o FBI quanto a Europol. Em 2019, segundo a agência norte-americana, cerca de 2.400 ataques de ransomware foram registrados no mundo, resultando em perdas de mais de USD 8 milhões.

Ransomware é um tipo de malware (software malicioso) que criminosos usam para solicitar um resgate em dinheiro. As organizações podem ser contaminadas por meio de anexos ou links em e-mails, por downloads ou pelo uso de unidades USB infectadas. Quando um computador ou uma rede é infectada, o malware bloqueia o acesso ao sistema ou criptografa os dados armazenados nele.

Para você ter uma ideia da gravidade da situação, entre janeiro e fevereiro de 2021, a Eletrobras e a Copel, duas grandes fornecedoras brasileiras de energia, foram alvo de ataques de ransomware. Outras grandes entidades brasileiras, como o Governo do Distrito Federal e o Superior Tribunal de Justiça (STJ), também sofreram com ransomware.

Para se proteger, empresas de todos os portes estão investindo em melhorias nos sistemas de segurança e treinamento de funcionários, de modo a reduzir a vulnerabilidade das redes.

Segurança para as redes domésticas

Um grande potencializador dos ataques cibernéticos em 2020 foi o fenômeno do trabalho remoto, causado pela pandemia do novo Coronavírus. As redes domésticas não estavam preparadas para ter um nível alto de segurança, por isso, muitas empresas foram expostas e atacadas.

Uma saída encontrada e que tem surtido bons efeitos é o uso do SASE (Secure Acces Service Edge), uma estrutura de segurança que permite que usuários e dispositivos tenham acesso seguro à nuvem de qualquer lugar e a qualquer momento.

A tecnologia tem sido bem recebida, já que possui baixo custo e complexidade, é de fácil acesso e não compromete o desempenho da rede. Além disso, ao que tudo indica, a tendência é que o modelo híbrido, ou totalmente remoto, permaneça em boa parte das empresas.

Invasões por objetos variados

Pode parecer coisa do futuro, mas simples objetos, como geladeiras, marca-passos e até brinquedos conectados à internet podem ser alvo de ataques cibernéticos. Isso se dá pelo crescente fenômeno da Internet das Coisas (IoT). 

Segundo estudos da Mckinsey, existem mais de 15 bilhões de dispositivos conectados em todo o mundo, porém esse número pode mais que dobrar até 2025, atingindo 35 bilhões de dispositivos conectados. 

O estudo ainda aponta que a Internet das Coisas poderá ter um potencial impacto econômico equivalente a até 11% da economia mundial em 2025. No caso específico do Brasil, dados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mostram que os números podem chegar entre USD 50 e USD 200 bilhões até 2025.

A Internet das Coisas apresenta uma oportunidade cada vez maior para o mundo, entretanto as empresas precisam priorizar a segurança da Infraestrutura de Chaves Públicas (ICP). Muitas organizações já enfrentam problemas com as novas ameaças, expostas a cibercriminosos que estão aperfeiçoando seus métodos de invasão.

Aumento de tentativas de phishing

Sem dúvidas, 2020 foi marcado pela pandemia do novo Coronavírus e suas consequências. Os cibercriminosos aproveitaram o aumento das transações online para aplicar golpes financeiros.  Segundo a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), foi registrado aumento de 80% nas tentativas de ataques de phishing.

Trata-se de de um golpe que é iniciado pelo recebimento de e-mails que carregam vírus ou links e que direcionam o usuário a sites falsos. Também pode se apresentar por telefone, e-mail, mídias sociais e até SMS. Normalmente são solicitados dados pessoais, como números de cartões e senhas.

Grandes entidades de segurança da informação estão criando campanhas com os usuários com o objetivo de reduzir o números de tentativas de phishing. A ideia é informar a população sobre o golpe e dar dicas de como se prevenir.

Aumento do investimento em cibersegurança 

A chave para evitar ataques cibernéticos é investir em segurança e a maioria dos empresários já estão planejando ações para isso. Nos dois próximos anos, mais de 90% das empresas planejam aumentar seus investimentos em segurança cibernética e, na maioria dos casos, os gastos com a área vão superar USD 250 mil, segundo dados anunciados pela Fortinet.

O valor deve ser dividido entre atualização de sistemas, incorporação de novas tecnologias, contratação de mão de obra e investimento em infraestrutura para possibilitar o trabalho remoto, visto que 30% dos entrevistados planeja manter o home office a longo prazo.

Maior demanda de profissionais

Um dos grandes desafios enfrentados pelas empresas é a contratação de profissionais capacitados em segurança digital. Hoje, esse mercado emprega 2,8 milhões de profissionais em dez países, mas o déficit global chega a 4 milhões.

A adoção do trabalho remoto por causa da pandemia, o aumento de ataques virtuais e a vigência da LGPD impulsionaram a procura por profissionais da área. Arquitetos, analistas, especialistas e desenvolvedores com conhecimento em conectividade remota, infraestrutura de segurança e implantação de VPN são os mais requisitados pelo mercado.

Como você já deve ter percebido, a prioridade das empresas que já iniciaram, ou estão dando os primeiros passos na jornada de transformação digital é investir em cibersegurança. Portanto, se prepare, pois ainda vamos ouvir muito sobre o assunto. 

Como a cibersegurança é um tema relativamente novo, tendências e tecnologias disruptivas estão surgindo e sendo testadas. Conversamos com alguns especialistas das principais empresas de tecnologia no Brasil e eles compartilharam conosco as principais tendências em tecnologia e vídeos online para os próximos anos. O material é gratuito!